Foto : Paula Poeta
Tentei retornar a ligação, mas o silêncio do outro lado da linha, era cortante.
Esse cara vai acabar comigo...Pensei.
Sentei na mesa do café e encarei o seu lugar vazio, será essa uma paixão doentia?
Uma paixão daquelas que nos derruba?
Vejo você através das fotos, foi tudo o que restou, mas sempre te vi como uma presença tênue que se dissipa conforme as luzes acendem...
Que boa maneira de começar o dia, pensei, antes de caminhar pela sala, buscando pelo meu diário, encostada no chão, tentando encontrar as palavras para descrever o que sinto, mas é como um apagão, minha mente se concentra em apenas uma coisa: VOCÊ!
No espelho, os cabelos desgrenhados, e as olheiras me dão o ar de tudo o que aconteceu, tento me arrumar um pouco, melhorar a aparência, troco de roupa, caminho pelas ruas, mas tudo o que busco é : VOCÊ!
Era quase duas horas quando cheguei em casa, eu sentia uma genuína aflição, entrei no quarto esperando acordar do pesadelo, e lá estava você deitado sob os lençóis, como se nada tivesse acontecido, simplesmente adormecido, perdido em seus sonhos.
E eu aqui enlouquecendo...
Bom eu não sei, acho que está na hora de voltar a dormir, me aconchego em seu peito, passo minhas pernas pelas suas, para ter certeza de que ainda estará lá ao amanhecer....
Por Paula
Que lindo texto, Paula! Gostei muito mesmo. Me senti assim a pouco tempo atrás, mas agora já estou bem mais conformada de que não era mesmo pra ser.
ResponderExcluirBeijinhos
hiperbolismos.blogspot.com
Sempre tem aquele momento né, mas tudo passa.
ExcluirBjs